domingo, 26 de dezembro de 2010

A Minha Casa

O ano começa com novidades. Muitas novidades por assim dizer. Emprego novo, gravações das novas canções da Sonnets e eu finalmente vou arrumar meu canto. Meu apartamento. Meu lar. Um lugar só pra mim. Um lugar que eu vinha desejando há muito tempo! Pois bem chegou a hora. Já visitei alguns ap’s me identifiquei com dois e amanhã (dia 27 de dezembro) recebo a resposta se um deles vai estar disponível já que havia uma lista de cinco pessoas na espera para a locação. Tudo bem! Ando tão contente com essa fase nova na minha vida que até tenho tido paciência para esperar. E outra... Fim de ano os dias voam, então é deixar o tempo passar e o que tiver que rolar vai rolar. O outro ap tbm é legal embora muito longe de onde eu gostaria de morar (nem tudo é perfeito hehehehe). Agora é começar a pensar nos detalhes. Já vi dois quadros dos Beatles e uma estante para colocar na sala da nova moradia, quero ver se consigo comprar mais algumas coisas essas semana, copos, pratos, talheres tudo novinho. Isso realmente me deixa muito contente.
É isso ae pessoal desejo a todos um ótimo ano de 2011com tudo aquilo de bom que desejamos a quem gostamos!

Segue uma letrinha aí de uma canção do Zeca Baleiro que além de falar da casa onde ele sempre morou também fala de coisas para se avaliar nas nossas vidas nesse início de uma nova vida/ano/fase... O que for .

Minha Casa
Zeca Baleiro
É mais fácil Cultuar os mortos Que os vivos
Mais fácil viver De sombras que de sóis
É mais fácil Mimeografar o passado
Que imprimir o futuro...
Não quero ser triste Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski Na loja de conveniência
Não quero ser alegre Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre Sob o sol de domingo...
Nem quero ser estanque Como quem constrói estradas E não anda
Quero no escuro Como um cego tatear Estrelas distraídas
Quero no escuro Como um cego tatear Estrelas distraídas...

Amoras silvestres No passeio público
Amores secretos Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem Não posso parar
Tempestades que não param Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem Não posso parar...

Veja o mundo passar Como passa
Uma escola de samba Que atravessa
Pergunto onde estão Teus tamborins?
Pergunto onde estão Teus tamborins?
Sentado na porta De minha casa
A mesma e única casa A casa onde eu sempre morei
A casa onde eu sempre morei
A casa onde eu sempre morei...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Breve relato

Passou uma semana ! Sim ! 3 shows em uma semana. Boas lembranças, entrevistas, risadas e muito rock, além é claro de novas amizades... Começando então um breve relato sobre essa "minitour" que a Sonnets fez.
Pampa Stock. São Borja é realmente uma cidade Rock. Abrimos o festival no dia 20 (quinta-feira). Um super palco! Um baita som. Organização nota 10. Chegamos lá a tarde e sentamos num bar para comer e beber alguma coisa. O nome do bar ? Oásis, tocando só rock e lá pelas tantas o que toca ? Oasis ! Saimos do bar eram umas 6 da tarde para dar uma descansada, depois da passagem de som. Nessa apresentação contamos com a presença do nosso amigo Lucas que tocou bateria na ocasião já que nosso batera Leandro não pode viajar devido a compromissos de trabalho. Voltamos para o Clube Sãoborjense eram umas 20:00hs ficamos mais um pouco no bar ao lado e quando vimos já era hora de pisar no palco. Grande show. Baita vibe demais mesmo !
Porto Alegre Bar. Uruguaiana. Que cidade demais. chegamos a tarinha na cidade. Muito bem recepcionados pelo amigo Luis que nos apresentou o seu bar que tá preza demais ! Muito bem decorado com quadros dos Beatles, Stones, Bob Dylan fotos dos amigos dele. Uma baita área nos fundos onde ficamos batendo papo sobre filmes, séries e músicas... grande show também. Tocamos covers de Oasis e Stones entre algumas outras coisinhas
Macondo Circus. Santa Maria. O mais esperado... o mais nervoso, porém estavamos garantidos de que dariamos o nosso melhor no palco tocando só as nossas canções mais pesadas. Foi nossa estréia no festival e esperamos ser a primeira de muitas apresentações nesse que é o maior festival de rock do estado. 9 canções terminando com o rockzão "Pra perder é preciso apostar". Organização perfeita tanto no Macondo Lugar quanto na gare. A gurizada do Coletivo Macondo esta de tirar o chapéu ! Parabéns !
Nossos agradecimentos a todos os amigos que fizemos nesses três shows, um agradecimento especial ao Lucas que tocou conosco num baita clima lá em São Borja, agradecimentos a organização do Pampa Stock e do Macondo Coletivo, e é claro agradecer ao Luiz que nos recepcionou de forma primorosa em Uruguaiana !

terça-feira, 16 de novembro de 2010


Pois é ...
Dia 18 a Sonnets começa uma sequencia de shows bem bacana. Nesse dia estaremos nos apresentando no Pampa Stock, festival que rola em São Borja e é organizado pelo pessoal da Unipampa. No dia 20 estaremos estreiando o Porto Alegre Bar em Uruguaiana dirigido pelo nosso amigo Luis. Já na semana que vem estaremos no palco do Macondo em uma das noites do já renomado festival Macondo Circus, estaremos fazendo nossa estréia no Circus e de quebra ainda tocaremos ao lado dos nossos brothers da Ventores que passou por uma reformulação e ao que tudo indica esta vindo com tudo.

Nesses três shows vamos tocar 2 canções novas ... uma delas parceria minha com o Fábio, vocalista da Ventores.

Segue a letra:

E o que você vai lembrar ?

saio de casa cedo
deixo a sorte me encontrar
pessoas distraidas tentando esquecer

as ruas cheias de cores
você do meu lado não me vê
não me vê...

trabalho de pressa pra chegar
onde minha sorte pode estar
procuro o tempo que nunca sobre mas sei
onde quero estar...

Refrão:
os meu melhores anos vão passar
e o que você vai lembrar
com o passo certo posso tentar
a sorte em outro lugar

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sonnets no Macondo dia 28 - quinta

Subir no palco do Macondo é sempre demais. Fazer um show especial só com canções próprias é sempre mais saboroso, sempre tem um gostinho especial. Pois nessa quinta-feira, dia 28, a Sonnets sobe mais uma vez no palco da casa verde mais conhecida do cenário rock do RS.

Estaremos tocando as nossas 14 músicas. Entre elas duas inéditas. Por isso não perde. Nesta quinta a pedida é Sonnets e Jogo Sujo no Macondo a partir das 23hs. Entrada Free para estudantes até a meia noite. No mais ... R$ 7,00.

domingo, 24 de outubro de 2010

Lamento as coisas,
lamento e peço desculpas inúmeras vezes por algo que não fiz
por tudo o que fiz
e por tudo que ainda vou fazer
então ...
desculpe-me!

Acho que dessa vez é pra valer

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Portas e Janelas

Fui desgraçado por Deus assim que cheguei nesse mundo. Sem garantia nenhuma. Sem dinheiro no bolso. Sem lugar pra morar. Sem emprego. Ralas mãos estendidas na minha direção. Mas não deixei que aquilo tudo me abalasse. Eu me levantei toda vez que cai. Sim eu me levantei. Pedia paz a qualquer um que por mim passasse. Eu pedia paz e seguia em frente.

Na minha chuva e no meu sol eu seguia sem saber onde chegar. Encontrava portas enterradas e janelas voando, nunca quis abrir as portas, nunca quis sentir o vento entrar por aquelas janelas.

Me enganei tantas vezes que quase fiquei cego. Apostei todas as fichas num grito só mas esqueci que também não havia sorte ao meu redor só a fumaça dos cigarros no ar. Sempre acreditei que um pouco disso (sorte) me faria bem mesmo não acreditando que exista.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dando um Peitaço

“Subi correndo no primeiro bonde, sem pensar que parasse, sem saber pra onde ia, meu caminho – pensei confuso: meu caminho não cabe nos trilhos de um trem” Caio Fernando Abreu.

Quando eu tinha 15 anos e estava entrando no segundo grau queria muito ser jornalista. Por vir de uma família já com história na área. Meu tio, Luizinho De Grandi, foi um dos fundandores das Empresas Jornalisticas De Grandi juntamente com meu outro tio Celito que começou a vida profissional como repórter do Diário de Notícias no início da década de 60, escreveu 4 livros entre eles “Loureiro da Silva, o charrua” (editora LPM) que ganhou o prêmio açorianos em 2006. Tenho muito orgulho dessa “parte” da família! E por muito tempo alimentei a vontade de ser jornalista, por influência desses dois grandes homens que tenho a felicidade de ter como tios.

Mas descobri as artes gráficas, em particular trabalhar com o Corel e Photoshop. De quebra um emprego na Pallotti me rendeu um curso de Indesign (ferramenta que hoje é a mais usada para editoração de livros, revistas e .... jornais) no início do mês de julho fui convidado para diagramar e fazer parte da direção de um jornal novo aqui em Santa Maria, o jornal do Cidadão Santa-mariense. Um jornal com foco cultural e comportamental, um jornal/revista como gostamos de chamar aqui. Para ele sair do projeto e tomar as ruas contamos com o apoio de muita gente “grande” aqui da cidade como Carlos Alberto Bellinaso, conhecido nome do jornalismo santa-mariense, Odilon Ramos que por duas vezes foi chefe de gabinete do governo do estado, também diretor da TVE RS durante três anos e mais algumas pessoas, além de grandes apoiadores como nossas famílias e amigos !

Só temos a agradecer. Podemos dizer que nosso “filho” está na rua e a receptividade tem sido excelente. Em outubro sai a segunda edição. Contamos com a leitura de vocês.

sábado, 28 de agosto de 2010

...

Perdi muita coisa em 3 anos e meio. Respeito próprio, amigos, futuros grandes amores.
Propus-me esquecer que vivi esse tempo, mas ao mesmo tempo buscar minha identidade e tudo o que perdi, mesmo não querendo esquecer algumas páginas anteriores do meu livro vida.

Deixei-me levar por muita coisa ruim, “cego” como disse um amigo meu uma vez enquanto escutávamos o som que saia de um celular. Deixei de lado muita coisa boa. Deixei de canto as conversas com meu amigo poeta, a cerveja no Miau com meu brother ilustrador, as noites de conversa fiada nos bares, as risadas com pessoas que eu poderia conhecer, a troca de conhecimento com outras. Uma infinidade de coisas que agora quero trazer para o meu mundo. Admito minha parcela de culpa nisso tudo.

Aos meus amigos que perdi nesse tempo:
Vocês sempre estiveram comigo.
Ao respeito que perdi de muitos: espero um dia recuperar, estou lutando para isso.

Vamos todos juntos roubar um carro e cruzar a cidade de bar em bar e pedir a melhor e a mais gelada cerveja. Por que eu também me sinto um Descontente

terça-feira, 29 de junho de 2010

Neon

“Deixa o rádio ligado na freqüência de sempre”
Ela disse antes de deitarem

A agitação da noite ainda estava na cabeça deles quando
Ambos derrubaram seus corpos na cama

O movimento dos carros
A luz neon na entrada do bar
Tudo ainda girava e perturbava os olhos dos dois

“Agora é hora de paz
Hora de silêncio
É hora de beijar tuas costas

Afoga teu suspiro no meu ouvido
E cheria meu pescoço como só tu sabes”

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Serviço de Divulgação



Sexta dia 18 a Sonnets (minha banda pra quem não sabe hhehehe) se Apresenta no The Groove Hall, entrada a R$ 6,00. Iremos apresentar todas as nossas canções e uma nova que finalizamos no ensaio de ontem (terça dia 15) ainda sem nome.

Contamos com a presença de todos ...

letra do novo som:

Eu peço que deixe pelo menos uma porta aberta
pra que eu possa conhecer
o teu lar e uma vez mais
descalço vou correr só pra te dizer

não se importe com a chuva que vai molhar
a calçada onde os teus pasos vão pisar
cante o verso da tua melodia ahhhhhhh
e joga a sorte numa voz que vai cantar

Refrão:
Estranhamente a vida grita assim
sem reposta eu quis você pra sempre aqui
Num vacilo sem final eu digo sim
Sem querer talvez você me encontre aqui
mais Sonnets:
breve site
abraços

terça-feira, 8 de junho de 2010

Na raça

Nunca me considerei um bom vocalista, longe disso, não tenho técnica, nunca tive aula de vocal, nunca respeitei a respiração correta para cantar. E para piorar ainda toco guitarra, isto é, são dois trabalhos: concentração para não errar nenhuma nota na guitarra e concentração no vocal.

Sábado dia 05.06 tive uma prova dura do que é fazer um show na raça. Eu estava com febre desde a terça-feira anterior ao dia da apresentação, minha garganta havia ganhado algumas placas e uma forte inflamação. Preocupado com o show de sábado e em como a minha voz estaria me dirigi até um hospital onde tive que tomar dipirona na veia para baixar a febre de 39°, além de sair de lá com uma receita de antibióticos, antitérmicos e spray para aliviar a dor na garganta. Paramos na farmácia. Compramos tudo! Comecei o tratamento na quinta-feira a noite mesmo!

Sexta ainda tinha um duro dia de trabalho na agência, com febre e muita dor consegui finalizar os serviços e fui embora. Sábado de manhã subi no centro para comprar cordas para a guitarra e alguns CDs que eu gravaria mais tarde para distribuir no show. Cheguei do centro tremendo. A febre que eu acreditava ter ido embora tinha voltado. Mais uma vez hospital... e eu pensando “logo em dia de show, eu assim”. Na ida liguei para o Pablo guitarrista da Sonnets e grande brother meu. Minhas palavras foram: “cara tô indo pro hospital fazer minha última tentativa de melhora: tomar um injeção.” Eu estava agitado de cara mesmo... fazer o que ? o cara me acalmou dizendo que se eu não estivesse bem a gente não faria o show na boa. Mas como sou marrento e não me integro...

Cheguei no P.A e o atendente me pergunta na cara de pau: “o que é pra vocês ?” quase que eu respondo: “quero uma passagem pro céu meu amigo” ... me calei depois disse “quero atendimento médico” (óbvio) . Fui atendido... não tinha mais o que fazer, era tomar o medicamento indicado na quinta-feira e esperar fazer efeito. Eu não podia esperar! Não sou de esperar. Na volta pra casa liguei de novo para o Pablo e disse: “Foda-se vou fazer esse show”. Passamos o som já era noite. Vim para casa, tomei banho me alimentei e voltei para o bar. Subimos no palco pontualmente a 1:15 da manhã de sábado pra domingo. Eu nadava em meu próprio suor, minha garganta secava no meio das músicas. Água e água, nunca bebi tanta água num show! Tocamos oito canções. O som no cavaco, certinho, tudo bonito, os timbres as pessoas, as canções ... consegui cantar bem dentro do meu limite técnico e que a minha saúde me possibilitava naquele momento. Pra mim um dos melhores shows da Sonnets.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Abraços e uma nova canção!

Outro dia recebi um convite para ir jantar na casa de um grande amigo meu...
Ele tinha passado a tarde de sábado aqui em casa e resolvi mostrar algumas canções que eu não tinha acabado. Entre tantas que mostrei, perguntei se ele topava escrever a letra e colocar algum requinte de seus acordes em uma das minhas simples melodias. Convite aceito!
Eu tinha composto aquela canção há uns seis meses e realmente não estava conseguindo colocar harmonia vocal, nem sequer um esboço de letra eu tinha na cabeça.
Papel e caneta na mão e eu ditando algumas coisas no violão... A letra começou a surgir!

Frases soltas, mas repletas de referências interessantes como o corre-corre dos carros na Avenida Presidente Vargas, a mudança de estação e outras frases que respiravam imagens. Mudamos algumas coisas, colocamos alguns acordes para deixar a coisa mais redonda e tiramos o que estava "sobrando". Decidimos momentos de paradas, bases para solos e riffs de guitarra.
Em duas horas a letra estava quase pronta e reparamos que poderíamos ter composto duas canções a partir daquela que eu havia apresentado.
Logo mais a noite, dirigi-me a casa dele onde fui recebido com Go Let It Out do Oasis. Ele não poderia ter me recebido melhor!
Colocamos a cerveja na geladeira e pegamos os violões para tentar terminar a canção que tínhamos começado pela tarde.


Três folhas de letra ... muito rabisco, anotações de acordes, paradas, solos... Juntei um pedaço de letra aqui outra frase que estava por ali e fechou! O som estava pronto! A canção estava pronta e nem tínhamos percebido! Melodia meio Oasis com uma pitadinha de Paul Weller.
Sim... Coisa fina!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Punhos Cerrados


Parti para a briga sem luvas. Punhos nus e na boca a sede e o gosto de sempre. Eu fico cego nesses momentos. Encaro o inimigo de frente sem pensar nas conseqüências, velho impulso. Admito que eu não era assim. Admito que faz pouco tempo que tomei coragem para muita coisa. Sempre fui o menor da classe, magro (pra não dizer raquítico), mal vestido. Sempre o motivo de piadas. Mas a vida vai te deixando durão conforme os anos. Os tombos. As mágoas. As desilusões ou ilusões. A gente acaba aprendendo a encarar o inimigo com a famosa cara feia que, nesse caso, não é cara de fome. Então eu intimo o monstro, ataco a fera. Posso até levar alguns sopapos aqui e outros ali. Sofrer alguns arranhões, até cair ou me deixar vencer no tempo de algum round eu me premito. Mas eu levanto, às vezes demora um tempo. Às vezes preciso me concentrar no treinamento e ficar recluso por alguns dias. Mas certamente vou bater na porta de quem me derrubou. Pode apostar que sim.

terça-feira, 9 de março de 2010

Capa da Prozak

Outro dia fui pego de surpresa. Convidaram-me para fazer a capa do cd promocional de uma banda de Porto Alegre, a Prozak. Aceitei na hora. Não só por que gosto de trabalhar com designer de impressos mas também por se tratar de uma banda de rock independente. Muitas pessoas não sabem o quanto é difícil manter uma banda sem o apoio de uma gravadora, uma produtora ou produtor, um selo de distribuição uma pessoa que fique responsável pelo agendamento de shows, enfim, alguém que produza e mate no peito o lance e diga “ó pessoal deixem tudo comigo, vocês só tocam”. Em média uma banda independente sempre tem um integrante (ou mais) que faz isso, que corre atrás das coisas, que cuida das datas e compromissos que faça a divulgação na internet e em outros meios de comunicação. Mercado independente é isso! Do it yourself. Mas um pode dar uma ajudinha pro outro. É assim que a coisa caminha pro sucesso.

Ta aí a capa da Prozak do promo Maré com um ar meio boemia/retrô.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A fase Paul Weller


Conhece aquela fase em que você fica mais de uma semana escutando um só disco? Pois bem... Estou vivendo isso novamente. Depois de reclamar muito sobre a cena musical da atualidade e sentir que tudo esta sendo cópia musical do que já foi feito, descobri um cara chamado Paul Weller e vejo no trabalho dele genialidade e originalidade. Não agüentava mais escutar essas bandas tentando soar Velvet Underground, tentando soar Beatles ou Stones ou até mesmo bandas copiando bandas que copiam outras... ah sei lá... tudo muito fugaz e sem "alma" . Acredito que muito disso seja culpa da internet mas não temos como fugir disso. Qualquer um pode gravar um disco hoje e amanhã largar no myspace para assim se tornar a coisa mais “Cult” do momento – palavra detestável pra mim essa: “Cult”. Tive a minha fase, em 1999, do Oasis em que aguardava ansiosamente cada disco deles e digo que o SOTSG abalou meus ouvidos e minha vontade de montar uma banda apareceu. Tive a fase Beatles, Stones, Coldplay, Travis, Supergrass. Não muito tempo atrás descobri, através de um amigo, o Ryan Adams e o primeiro disco que escutei dele foi o Gold que por sinal é fabuloso, desde então nutro uma admiração grandiosa pelo cara, tenho todos os discos do garoto problema da música nova-iorquina que não larga de mão a sua veia country. Mas voltando ao Paul Weller. Escutei o “As Is Now” dele. Me encantei com as melodias que respiram no disco. Confesso que demorou um pouco para digerir algumas seqüência de notas mas no final tudo fecha. Aconselho. Baixa Paul Weller que não vai se arrepender. Até funk o cara sabe fazer bem. Rock inglês, na minha modesta opinião, é o melhor rock do mundo. Se Ryan Adams se entregou a Wonderwall do Oasis como não se encantar com as melodias das ilhas britânicas?