sábado, 15 de outubro de 2011
Sequência!
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Caindo e Aprendendo
domingo, 24 de abril de 2011
Hora de atualizar aqui.
Comprei a biografia do Keith Richards intitulada “Vida” um livro fodástico. Daqueles que não dá vontade de parar de ler. A história dos Stones e como ele (Keith) aprendeu sozinho a tocar o blues de Chicago é realmente fascinante. A relação dele com as drogas é literalmente uma loucura. Sigo lendo e mais tarde prometo tentar fazer um post aqui de tudo o que achei do livro.
Obviamente estou escutando mais Stones e procurando conhecer um pouco mais os artistas que tanto influenciaram a banda no início. Caras como Jimmy Reed, Buddy Guy e Little Richard.
Também me deixou muito contente o álbum de estréia da banda Beady Eye. Formada pelos ex-integrantes do Oasis (sem o Noel). Different gear still speeding é um disco psicodélico tanto nos rock’s quanto nas baladas. Influência nítida da carreira solo de John Lennon, Beatles, The Who, Beach Boys, Rolling Stones. Liam cantando muito. Andy Bell, antes baixista no Oasis, agora assume uma das guitarras ao lado de Gem Archer. Música boa da primeira a ultima faixa.
Fora isso trabalho bombando na Latino América Comunicação e Sonnets voltando a ensaiar. As gravações da banda por enquanto estão paradas.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O Velho na Varanda
O velho, da casa velha da esquina, havia enlouquecido. Não resistiu ao último outono, quando sua mulher se apaixonou repentinamente por um “cara mais novo”, assim como ela mesma admitira para uma amiga. “O amor havia acabado” disse ela. Sim o amor acaba. Até flores de plástico morrem (ao contrário do que diz aquela canção) e a gente cansa de tanto ver elas na mesa da sala!
Ele então sentiu o baque da queda quando ela chegou e o encostou contra a parede da verdade (dela obviamente) nua, crua e dolorosa. Ele com o olhar tristonho disse: “vou sentir falta de te ver com aquele vestido florido cozinhando nas manhãs de domingo enquanto eu tomava um chimarrão. O teu cheiro de alfazema nas manhãs de segunda quando te dava o primeiro beijo do dia”.
Não implorou para ela ficar. Sentiu que ali era o fim das coisas que tanto haviam compartilhado, mas o começo de tantas outras. Desejou sorte a sua, já não mais, companheira. Deu-lhe um beijo na testa e disse adeus.
“Reaprender a viver sozinho” era a frase mais repetida no espelho do banheiro todo o dia antes de se barbear. Deu-se ao luxo de comprar alguns vinhos raros e aprendeu a tocar violão para espantar a tristeza que vinha morena e irresistível, com olhos grandes e claros, pedindo colo nas noites em que ele sentava na varanda e cruzava os braços lembrando o passado.
Dizem que passou cinco meses bem, não resistiu mais que isso e caiu como a última folha que cai da árvore antes de começar a estação mais fria do ano Agora ele anda pela casa com um cobertor nas costas, um pé de chinelo, uma caneta na mão e um caderno onde ele anota cada frase que mais tarde na varanda vira canção.