sábado, 15 de outubro de 2011

Sequência!

Não quero ser profundo por que afinal sou mais raso que um prato de sopa, mas chega uma fase na vida que os outros não precisam mais te dizer quem você é o que você tem. Hoje eu tenho amigos que são importantes, tenho um trabalho que me faz ser digno e respeitado, uma turma com quem eu faço rock n' roll do bom e que me entende apesar de todos os meus infinitos defeitos (e isso tenho terceza, são infinitos os meus defeitos). Hoje eu chego em casa ligo o som alto e ninguém me incomoda, acordo a hora que quero para almoçar no sábado e no domingo, tenho uma Mãe que não é Mãe e sim um anjo que me consola e se preocupa comigo. Tenho um sobrinho lindo que gosta de música aos 5 anos. Tenho a minha literatura e um bocado de coisa mais, que, sendo pouco ou não (sendo sincero acho que tudo isso é muito) acho que lutei para conquistar. Sou do bem como muitos dizem enquanto outros pensam o contrário, mas também DANE-SE, já foi o tempo em que dei bola para o que os outros pensam de mim. Seguimos página a página, refrão após verso, solo após harmonia! cheers!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caindo e Aprendendo

Aprendi que cair nunca fez mal a ninguém. Começar de novo também não. Quero ver com outros olhos os dias que estão por vir, quero sentir o gosto agridoce dos meus dedos tocando a guitarra e o mouse nervoso em busca da arte perfeita. Quero, ao acordar depois de uma noite fria, correr até o banheiro, lavar a alma com um banho quente e na sequência sentir aquele cheiro de café recém feito. Quero chegar no trabalho e ver a alegria dos meus colegas, trocar idéias com o meu amigo Punch e cada vez mais aprender e aprender e aprender. Quero deixar que falem o que quiserem de mim, afinal, quem me conhece me conhece. Quero chegar na quarta-feira e embriagar meus ouvidos escutando meus parceiros de Oasis (dale Magical Mystery). Eu tenho mais o que pensar do que pensar no que sei que não devo.

domingo, 24 de abril de 2011

Hora de atualizar aqui.

O Blog, aqui, esta bem parado. Motivo principal: bastante trabalho. Mas hoje conto algumas coisas que estou lendo e escutando.
Comprei a biografia do Keith Richards intitulada “Vida” um livro fodástico. Daqueles que não dá vontade de parar de ler. A história dos Stones e como ele (Keith) aprendeu sozinho a tocar o blues de Chicago é realmente fascinante. A relação dele com as drogas é literalmente uma loucura. Sigo lendo e mais tarde prometo tentar fazer um post aqui de tudo o que achei do livro.

Obviamente estou escutando mais Stones e procurando conhecer um pouco mais os artistas que tanto influenciaram a banda no início. Caras como Jimmy Reed, Buddy Guy e Little Richard.

Também me deixou muito contente o álbum de estréia da banda Beady Eye. Formada pelos ex-integrantes do Oasis (sem o Noel). Different gear still speeding é um disco psicodélico tanto nos rock’s quanto nas baladas. Influência nítida da carreira solo de John Lennon, Beatles, The Who, Beach Boys, Rolling Stones. Liam cantando muito. Andy Bell, antes baixista no Oasis, agora assume uma das guitarras ao lado de Gem Archer. Música boa da primeira a ultima faixa.

Fora isso trabalho bombando na Latino América Comunicação e Sonnets voltando a ensaiar. As gravações da banda por enquanto estão paradas.


Um abraço a todos e até logo (espero).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Velho na Varanda

O velho, da casa velha da esquina, havia enlouquecido. Não resistiu ao último outono, quando sua mulher se apaixonou repentinamente por um “cara mais novo”, assim como ela mesma admitira para uma amiga. “O amor havia acabado” disse ela. Sim o amor acaba. Até flores de plástico morrem (ao contrário do que diz aquela canção) e a gente cansa de tanto ver elas na mesa da sala!

Ele então sentiu o baque da queda quando ela chegou e o encostou contra a parede da verdade (dela obviamente) nua, crua e dolorosa. Ele com o olhar tristonho disse: “vou sentir falta de te ver com aquele vestido florido cozinhando nas manhãs de domingo enquanto eu tomava um chimarrão. O teu cheiro de alfazema nas manhãs de segunda quando te dava o primeiro beijo do dia”.

Não implorou para ela ficar. Sentiu que ali era o fim das coisas que tanto haviam compartilhado, mas o começo de tantas outras. Desejou sorte a sua, já não mais, companheira. Deu-lhe um beijo na testa e disse adeus.

“Reaprender a viver sozinho” era a frase mais repetida no espelho do banheiro todo o dia antes de se barbear. Deu-se ao luxo de comprar alguns vinhos raros e aprendeu a tocar violão para espantar a tristeza que vinha morena e irresistível, com olhos grandes e claros, pedindo colo nas noites em que ele sentava na varanda e cruzava os braços lembrando o passado.

Dizem que passou cinco meses bem, não resistiu mais que isso e caiu como a última folha que cai da árvore antes de começar a estação mais fria do ano Agora ele anda pela casa com um cobertor nas costas, um pé de chinelo, uma caneta na mão e um caderno onde ele anota cada frase que mais tarde na varanda vira canção.