quarta-feira, 24 de março de 2010

Punhos Cerrados


Parti para a briga sem luvas. Punhos nus e na boca a sede e o gosto de sempre. Eu fico cego nesses momentos. Encaro o inimigo de frente sem pensar nas conseqüências, velho impulso. Admito que eu não era assim. Admito que faz pouco tempo que tomei coragem para muita coisa. Sempre fui o menor da classe, magro (pra não dizer raquítico), mal vestido. Sempre o motivo de piadas. Mas a vida vai te deixando durão conforme os anos. Os tombos. As mágoas. As desilusões ou ilusões. A gente acaba aprendendo a encarar o inimigo com a famosa cara feia que, nesse caso, não é cara de fome. Então eu intimo o monstro, ataco a fera. Posso até levar alguns sopapos aqui e outros ali. Sofrer alguns arranhões, até cair ou me deixar vencer no tempo de algum round eu me premito. Mas eu levanto, às vezes demora um tempo. Às vezes preciso me concentrar no treinamento e ficar recluso por alguns dias. Mas certamente vou bater na porta de quem me derrubou. Pode apostar que sim.

terça-feira, 9 de março de 2010

Capa da Prozak

Outro dia fui pego de surpresa. Convidaram-me para fazer a capa do cd promocional de uma banda de Porto Alegre, a Prozak. Aceitei na hora. Não só por que gosto de trabalhar com designer de impressos mas também por se tratar de uma banda de rock independente. Muitas pessoas não sabem o quanto é difícil manter uma banda sem o apoio de uma gravadora, uma produtora ou produtor, um selo de distribuição uma pessoa que fique responsável pelo agendamento de shows, enfim, alguém que produza e mate no peito o lance e diga “ó pessoal deixem tudo comigo, vocês só tocam”. Em média uma banda independente sempre tem um integrante (ou mais) que faz isso, que corre atrás das coisas, que cuida das datas e compromissos que faça a divulgação na internet e em outros meios de comunicação. Mercado independente é isso! Do it yourself. Mas um pode dar uma ajudinha pro outro. É assim que a coisa caminha pro sucesso.

Ta aí a capa da Prozak do promo Maré com um ar meio boemia/retrô.